data-filename="retriever" style="width: 100%;">Com pandemia ou sem pandemia, haverá Páscoa! Com muito povo, com pouco povo ou até sem povo, haverá Páscoa! Com templos abertos ou com templos fechados, com procissões ou sem procissões, haverá, com certeza, Páscoa! Evidentemente que essa situação não nos alegra, não nos permite ficarmos confortáveis, mas haverá assim mesmo Páscoa.
Claro que teremos um sentimento e um desafio especial de viver uma história de amor, a mais significativa para nós, cristãos, que não se resume em ter muito ou pouco povo, templos abertos ou fechados, mas sim, em ter pessoas de corações e mentes abertas, acolhedoras, sensíveis e capazes de ultrapassarem os ritos e as cerimônias, mesmo que esses sejam de grande importância e ajudem na vivência do mistério de amor que celebraremos.
Sim, acontecerá Páscoa apesar das inúmeras restrições e dificuldades, justamente porque a Páscoa é vida, é experiência, é renovação, é vida nova, é compromisso permanente de amor generoso que acontece especialmente no interior de cada pessoa, pois o amor de Cristo transcende os ritos, as cerimônias e os templos.
Com certeza, cada cristão terá um desafio muito maior de viver, mesmo que no silêncio do lar, na companhia das pessoas queridas, pois esse é o mais extraordinário gesto de entrega, de doação e de amor da história da humanidade que não deixará de ser renovado por Cristo, pois o Seu amor supera todas as restrições e cerimônias.
Na verdade a primeira Páscoa foi assim, sem muito povo, sem grandes cerimônias a não ser a maior de todas as cerimônias, que foi a morte e Ressurreição de nosso Salvador.
Algo semelhante acontecerá na Páscoa deste ano. Não queremos de forma alguma dar a entender que as celebrações comunitárias, presenciais e solenes deixam de ser importantes, não, na verdade, queremos reafirmar que elas são importantes e necessárias para nós, pois somos humanos e precisamos de sinais sensíveis, mesmo que saibamos que Cristo renova sua aliança e seu amor, sua fidelidade e ressurreição independente dos ritos, pois Ele nos ama sempre, infinitamente, em todos os momentos de nossa vida.
Apesar da certeza de que acontecerá Páscoa, independentemente de pandemia, desejamos profundamente a volta o quanto antes de uma vida normal de vivência comunitária presencial, calorosa e fraterna em nossos templos e em nossa sociedade, pois nada substitui o rosto descoberto com o sorriso amigo e contagiante como sempre vivíamos. Só assim seremos verdadeiramente nós mesmos.
Convido para que renovemos nossa consciência e dignidade de sermos Igreja doméstica, preparando com alegria, no interior de nossos lares, uma verdadeira Páscoa.
Por fim, desejo, ainda com maior intensidade e carinho, uma abençoada semana santa e uma verdadeira Páscoa, com a presença do Cristo Ressuscitado, brilhando em nossas vidas e iluminando as densas trevas do mundo atual.
Feliz Páscoa!